sábado, 12 de outubro de 2013

Primeira metade do século XIX

O progresso da industrialização e do comercio e a disseminação de linhas de caminhos de ferro que permitiram maior rapidez no transporte de mercadorias transformaram as sociedades europeias e a forma como consumiam o produto moda.

Pelas grandes cidades da Europa multiplicaram-se os grandes armazéns de vendas que promoveram  uma maior uniformização da moda  essencialmente ditada por dois grandes polos de influencia; França na moda feminina e Inglaterra na moda masculina.

As artes inspiraram-se nas formas do gótico e da renascença e o romantismo, intimamente ligado aos ideais liberais , exaltava os valores sentimentais.  A individualidade era extremamente valorizada criando na moda uma linguagem cada vez mais pessoal.

Para o homem tornaram-se de uso obrigatório as calças compridas e justas, a cartola, luvas e bengala. Os cabelos encaracolados e barba e bigode completavam  o visual masculino.

Enquanto o homem  adoptou um vestuário cada vez mais pragmático a mulher regressou aos volumes  das saias e  de mangas inspirando-se nas linhas da renascença . Afinava a silhueta recorrendo a rígidos  corpetes e completava a sua imagem com o uso de xailes de cachemira.

 As ideias pedagógicas fruto da revolução francesa  e o pragmatismo inglês  impõem  uma  nova moda infantil   que se distancia da moda adulta e privilegia a liberdade de movimentos .

sábado, 31 de agosto de 2013

Do final do Século XVIII ao Inicio do Século XIX


Do final do Século XVIII ao Inicio do Século XIX

Da revolução ao estilo império

Evoluindo em três fases distintas; Monárquica, Republicana e Imperial,  a Revolução Francesa abalou a sociedade por toda a Europa alterando também as suas relações com o resto do mundo. A imposição de novos valores e ideais- Liberdade, Igualdade, Fraternidade- produziu alterações politicas e económicas modificando as relações entre sexos e classes  que influenciaram de forma vincada o evoluir da moda  .

Por outro lado o pragmatismo da aristocracia Inglesa, fruto do seu gosto pelas actividades ao ar livre e das viagens às suas diversas colónias impôs, durante este período, novas regras e formas nos trajes.  

Serão estes dois países, mesmo quando em guerra entre si, que irão determinar as modas neste período, influenciando-se mutuamente e difundindo-se nos restantes países de cultura ocidental.

Enquanto o traje masculino vai se tornando cada vez mais sóbrio a moda feminina experimenta algumas fantasias audaciosas em que o ostentação sobrepõe-se ao bom gosto procurando inspiração na antiguidade Greco-Romana. O vestuário feminino apresenta  uma linha solta de vestido túnica, com pequenas mangas de balão e cintura marcada sob o peito.
Os finos tecidos, musselines e tafetás  contrastam com brocados e veludos.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Rococó – 1730- 1789


 

O culto do exagero na racionalidade do século das Luzes.

No decorrer do século XVIII propagou-se na Europa e nos países do novo mundo um movimento intelectual que revelava uma nova forma de conceber o ser humano, atribuindo grande valor às faculdades intelectuais e conferindo à razão a capacidade de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem. O iluminismo conduziu o denominado século das luzes para além dos dogmas e foi a base ideológica de duas das revoluções mais importantes da história da humanidade: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.

Em simultâneo com a racionalidade e o progresso científico coexistiram os elementos que caracterizaram o Rococó e que se revelaram nos costumes e atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais manifestando-se através de uma enorme falta de moderação.

A evolução tecnológica permite períodos de moda cada vez mais curtos e a aristocracia começa a perder influência perante uma burguesia com cada vez maior poder económico.

O traje masculino, ainda muito rico em cores e materiais, simplificou as formas e impôs o uso da sobrecasaca e do colete. As grandes perucas do barroco foram substituídas por perucas mais pequenas e com menos volume.

O traje feminino, pelo contrário, atinge uma elaboração e inconstância nuca antes observados: os apertados corpetes afinam o tronco enquanto as crinolinas avolumam as saias. Os penteados atingem alturas descomunais e são trabalhados com plumas, fitas , flores  e , inclusivamente, figuras de animais.

As sedas com motivos florais e pesados brocados em cores claras foram os tecidos mais usados.

sábado, 13 de julho de 2013

Século XVII- As influências do Barroco




Entre o final do século XVI e os primeiros anos do século XVIII a Europa viveu num ambiente de guerras e divisões politicas e religiosas que alteraram de forma significativa os polos de influência, quer nas artes, quer na moda.

Serão a França e a Holanda, a vivenciar períodos de grande prosperidade e refinamento, a dominar o gosto europeu.

No decorrer do século XVII a moda adquire novos ritmos e vai impor alterações cada vez mais frequentemente, intercalando períodos de alguma sobriedade com períodos de ostentação e estravagância. A moda masculina apresenta um desenvolvimento mais significativo que a moda feminina e, particularmente, na primeira metade do reinado de Luís XIV caracteriza-se pela magnificência e excesso de elementos decorativos.

No final do reinado a moda  rende-se a uma linha mais comedida adoptando as peças que irão desembocar no traje masculino moderno. A moda feminina manteve basicamente as mesmas peças mas surgiram os  primeiros vestidos soltos, denominados de  Inocentes, que visavam sobretudo esconder a gravidez.

Os tecidos eram pesados e de cores fortes, generalizou-se o uso de perucas e sapatos de salto alto. Surgem as primeiras gravatas, em renda, e na maquilhagem impõe-se o uso de sinais postiços.

Os profissionais especializavam-se em moda feminina ou masculina e surgiram as primeiras publicações de artigos e gravuras de moda.

sábado, 15 de junho de 2013

Renascimento Séculos XV e XVI


 

A partir do final do século XIV, essencialmente na Europa Ocidental, ocorreram importantes movimentações sociais, políticas e artísticas que alteraram de modo significativo a forma de estar e de se apresentar na vida.

Enquanto Portugal e Espanha se dedicavam a navegar e a descobrir novos mundos nos restantes países da Europa cresciam as grandes cidades que hoje se conhecem sustentadas no grande desenvolvimento comercial. Refinaram-se os métodos de produção nas indústrias artesanais e assistiu-se por toda a Europa a uma explosão de luxo dentro da aristocracia e burguesia, graças também ao afluxo de ouro vindo das Américas.

A invenção da tipografia proporcionou um grande desenvolvimento nas artes literárias e nas artes figurativas impôs-se o orgulho pela beleza física.

A moda renascentista foi influenciada por Itália,  pela Alemanha  reformista e finalmente por Espanha, sendo espanhol o seu traço mais distintivo.

As matérias primas eram luxuosas; brocados, veludos e cetins ricamente bordados e ornados com finas rendas. Criam-se pormenores com o fito de apresentar ou salientar uma determinada silhueta  como  a braguilha em forma de concha ou a verdugada ( saia com aro para manter o circulo aberto) .

domingo, 5 de maio de 2013

Gótico Séculos XIII e XIV


 

O final da Idade Média caracterizou-se pela expansão por toda a Europa de novas formas de vida como consequência do surgimento, dentro do povo, de um novo grupo social, a burguesia. Urbana, mercantil e manufactureira, esta nova classe acumulou riquezas, poder e importância cultural e foi com o seu apoio que nasceram novos focos de cultura e de ensino: as universidades.


Nasce a estética da elevação espiritual que se aplica, sobretudo na  arquitectura e se traduz em grandes catedrais com altas  torres que se dirigiram aos céus.

Germinam novos critérios de beleza e estética que impõem novos valores civis e morais. A mulher readquire importância quer a nível social quer a nível cultural.

O vestuário  inspira-se nas linhas do novo estilo artístico , apresenta ritmos de moda e atribui grande importância ao corte e aos pormenores .

O vestuário masculino adquire características próprias que o diferenciam completamente do vestuário feminino substituindo as túnicas e mantos por gibões, casacas, calças - meias muito justas. Alongam a silhueta usando chapéus, prolongando a ponta dos sapatos e com o comprimento das mangas .

O vestuário feminino adopta vestidos  com cauda e longas mangas ,com corte abaixo do peito e altos e elaborados tocados.

Os tecidos luxuosos eram ainda enriquecidos com peles e a aristocracia  e alta burguesia começam a recorrer a profissionais específicos agrupados nas corporações que entretanto surgiram nas cidades




domingo, 28 de abril de 2013

Românico séculos XI a XIII


Idade Média –  Séculos V a  XIV
Românico séculos XI a  XIII

Ao longo dos tempos primitivos a Europa foi, sucessivamente, palco de movimentos de migração de povos que a foram moldando em diferentes estádios civilizacionais. Nos primeiros séculos DC  diferenciou-se em núcleos populacionais  que irão dar origem  aos reinos antecessores dos países europeus.

Ao chegar ao fim do primeiro milénio a estrutura social e económica tinha por base as relações feudais. A nobreza era proprietária de grande parte dos terrenos agrícolas e concedia aos servos o direito de as cultivar e habitar  mediante o pagamento de uma renda na forma de trabalho, géneros ou moeda. Em troca, os servos recebiam protecção económica e militar. Foi uma época de guerras em que a vida se desenrolava em torno dos castelos e mosteiros. Vivia-se numa grande insegurança, os homens viraram-se para Deus e a Igreja era a detentora de grande  poder .

  A arte , essencialmente representada pela arquitectura, reflecte a insegurança dos tempos e as muitas igrejas e mosteiros que se edificam são verdadeiras fortalezas com grossas paredes e poucas aberturas.

O sistema feudal acentua as diferenças sociais no vestuário, não propriamente nas formas que eram simples e muito semelhantes para todos, mas sim nos tecidos e nas cores.

Basicamente os homens vestiam uma túnica, habitualmente com cinto e calças compridas . Usavam uma  espécie de camisa interior e cobriam-se com um manto fechado no pescoço com uma fivela ou fitas. As mulheres  usavam sobre a camisa interior longa uma túnica mais curta e de mangas amplas e cobriam os cabelos com toucados de pano.

domingo, 21 de abril de 2013

Bizâncio 320 a 1400DC


O Bizâncio, império romano cristão, nasceu  da divisão do império romano por propósito do imperador Constantino I, o Grande.

Com Roma em processo de decadência, Constantinopla assumiu-se como sua  herdeira propagando as ideias e ideais que a engradeceram . Graças ao seu grande poder económico  e refinado gosto tornou-se na sede cultural que iria influenciar toda a cultura ocidental.

No vestuário, inicialmente, conjugou os drapeados romanos com pesados e  ricos tecidos sendo que as sedas, os brocados e as peles estavam restringidas por lei a apenas os altos funcionários e à família imperial. Básico no corte e muito simples na forma, tornou-se sumptuoso devido aos tecidos pesados, ricamente bordados a fio de ouro, pérolas e pedras preciosas.

Os dois sexos usavam túnicas longas com mangas e capas feitas de tecidos luxuosos. Todo o conjunto foi se tornando progressivamente mais comprido com o objectivo de esconder completamente o corpo.

domingo, 14 de abril de 2013

Roma 753AC a 400DC


Roma nasceu da junção de três povos habitaram a península itálica: etruscos, grecos e Italiotas. Da fundação de uma pequena cidade construíram ao longo de séculos um império que dominou todo o Mediterrâneo e grande parte da Europa.

O seu percurso divide-se em três grandes períodos:

Monarquia – Fundação 753 a 509AC –  Centrada numa pequena cidade a  sociedade estava  dividida em patrícios e plebeus.  Era governada por um rei e com uma economia baseada na agricultura e pastorícia.

República -  509 a 27AC -  Período de grande sofisticação e crescimento em que o poder era exercido por senadores eleitos anualmente para desempenharem diferentes cargos e funções . O cargo mais elevado era o de cônsules e era desempenhado sempre a pares.

Imperio – de 27AC a 400DC – Roma era então governada por um imperador  e conheceu a sua maior extensão ao dominar todos os países em volta do mar Mediterrâneo,  a Península Ibérica e a Grã- Bretanha. Foi por se tornar tão grande e dificilmente governável que em 395dc foi dividida em dois e entrou em declínio

Culturalmente os romanos herdaram muitas das características gregas, inclusivamente na religião em que prevaleceram os deuses gregos se bem que com outras designações. Souberam, contudo, desenvolver os seus múltiplos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos de tal forma que perduram até os dias de hoje . Destacam-se como exemplos : o Direito Romano,  diversas  técnicas de arquitectura e engenharia ,  as línguas latinas , e diferentes práticas nas  artes plásticas, filosofia e literatura.

As principais linhas do traje grego na sua simplicidade foram adoptadas por Roma mas foram progressivamente se tornando faustosas no decorrer de Roma imperial. A primeira grande alteração ao panos drapejados gregos foi a túnica cosida que quer os homens quer as mulheres usavam diversas sobrepostas.  A túnica adquiria diferentes designações consoante o uso ou a adição de pormenores: Subucula ( interior), colobium ( sem mangas), dalmática ( com mangas , caracala ( com capuz)  e estola ( túnica feminina ).

Surge o conceito de roupa interior e as mulheres para além da tanga usavam o strophium, para proteger e segurar o peito.

Ambos os sexos calçavam sandálias.

Contudo a peça que mais caracteriza Roma, apesar de não ter sobrevivido até o final do império é sem duvida a toga, um enorme pano semicircular com cerca de 5m que era enrolado em torno do corpo seguindo regras instituídas e que de certa forma personalizava a cidadania romana

  

domingo, 7 de abril de 2013

Etruscos - 1200AC a 250 AC


A Etrúria era limitada pelos rios Arno e Tibre e pela costa do mar Tirreno mas no seu apogeu controlou quase toda a península itálica. Constituída por cidades estado sustentava a sua economia no cultivo do trigo e da vinha, cujos excedentes exportava e nas indústrias de metais com base no ferro, zinco, cobre e chumbo.

 Os Etruscos desenvolveram uma escrita que até hoje não foi decifrada mas que se julga ter forte relação à sua religião politeísta com ritos de extrema complexidade. Acreditavam na vida para além da morte e prepararam-se para isso construindo grandes necrópoles  que recheavam de ricos objectos de uso diário e embelezavam com pinturas a retratar momentos de bem estar.

Construíram  cidades que denotam estudo prévio, e desenvolveram uma arte muito realista traduzida quer na pintura, quer na escultura e cerâmica.

A mulher participava de toda a vida social e sendo da aristocracia,  quando por morte do marido, era chamada a gerir os bens da família.

O traje compunha-se de túnicas sobrepostas, e mantos drapejados sobre o corpo.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Grecia


A civilização grega surgiu no Mediterrâneo, entre o mar Egeu e o mar Jónico e edificou-se em multiplas Polis, cidades-estado, das quais as mais importantes foram Esparta e Atenas. A economia dos gregos baseava-se na agricultura, em algumas indústrias artesanais como a cerâmica e a tecelagem e no comércio marítimo.

 Criaram um alfabeto, cunharam moedas, desenvolveram a Matemática, a Filosofia, a Poesia, o estudo da História e o Teatro. A Arquitectura e as Artes Plásticas em geral conheceram grande desenvolvimento.

Politeístas instituíram os Jogos Olímpicos em homenagem aos seus Deuses

Em oposição a toda esta riqueza social e cultural o vestuário compunha-se apenas de rectângulos de tecido que cada pessoa enrolava em redor do corpo conforme a sua vontade.

Quer para os homens, quer para as mulheres o vestuário consistia essencialmente em duas peças; O quinton e o himátio.

O quiton era uma espécie de túnica que se montava no corpo através de alfinetes a fechar os ombros e com um cinto a apertar na cintura. Os homens fechavam-na só do lado esquerdo para permitir maior liberdade de movimentos ao braço direito.

Poderia ser de linho ou de lã em variações de branco.

O Himátio era a veste exterior e consistia num grande manto drapejado livremente em torno do corpo.

O calçado mais comum era a sandália.

As mulheres usavam muitas jóias e a ostentação de luxo atingiu níveis que se criaram leis a limita-lo  

quinta-feira, 21 de março de 2013

Creta – 3000AC a 1200 AC


Provavelmente graças à sua posição geográfica, a ilha de Creta foi berço de uma sofisticada civilização sustentada por uma economia robusta, com base no comércio marítimo que se concretizava essencialmente na região das Balcãs e na Asia Menor. Comercializavam jóias, tecidos, armas e objectos feitos de bronze.

No seu apogeu constituía uma sociedade bem organizada, chefiada por um Rei mas com muito pouca diferenciação de classes e na qual a mulher detinha um papel relevante.

Desenvolveram a escrita, a arquitectura e diversas formas de arte que reflectem  um modo de vida mundano e desinibido, traduzido por linhas soltas e livres. Esta característica vai impor-se também no vestuário fazendo com que se diferencie de forma significativa da peça rectangular drapejada que imperou em todas as outras civilizações contemporâneas.

Quer para a mulher como para o homem, a cintura era bem salientada através de cintos adornados ou feitos de metal. Os homens usavam uma tanga curta e muito justa e tronco nu. As mulheres vestiam longas saias de folhos e corpetes muito justos a salientar o peito. Qualquer dos sexos poderia usar também um vestido longo e cinturado.

No interior das casas andavam descalços possuindo sandálias e botas para sair.

Ambos os sexos usavam jóias e chapéus com formas estilizadas de elementos vegetais e cabelos longos com um caracol de cada lado a emoldurar o rosto.

Como os Egípcios mantinham cuidados de higiene diários e muitas das casas possuíam instalações para banhos, água canalizada e esgotos.

sexta-feira, 15 de março de 2013

No tempo dos faraós 3000 a 30 AC


A civilização egípcia beneficiou, inicialmente, de um longo período de paz e de elevada organização de estado que potenciaram a prosperidade económica e o aperfeiçoamento das artes. E se bem que, posteriormente, tenha conhecido períodos de declínio e estagnação conseguiu sempre se reerguer até cerca de 30AC em que foi subjugada pelos Romanos.

Politica e economicamente a história da civilização egípcia divide-se, em grosso modo, por quatro grandes períodos:

·         Império Antigo – Mênfis – primeiras pirâmides – 3000 a 2100 AC

·       Império Médio –  Tebas – sistema feudal - 2100 a 1700 AC

·        Novo Império – alargamento do território egípcio – 1700 a 1100AC

·         Império Saíta – Persas – Delta do Nilo  - 1100 a 30 AC

Contudo no que diz respeito à cultura muito poucas alterações se verificaram ao longo dos três milénios, grande parte, graças ao enorme poder dos sacerdotes que conseguiram impor e manter regras rígidas, contendo assim qualquer ameaça ao seu elevado estatuto.

O vestuário reflecte esta inércia e praticamente não se alterou. Durante os primeiros séculos manteve-se exclusivamente nas formas drapejadas em tecidos de linho e sem grande diferenciação entre sexos. No Novo Império surge a túnica calasiris e maior variedade de cores, especialmente nos acessórios e complementos.
Contrariamente ao traje que se manteve sempre simples os cuidados com o corpo atingiram grande requinte. Da sua higiene diária faziam parte o banho, massagens, loções, pomadas reafirmantes, perfumes e pesada maquilhagem. Depilavam todo o corpo inclusive a cabeça que cobriam com  vistosas cabeleiras . Os homens usavam também bigodes e barbas postiças.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Primeiras civilizações - Mesopotâmia – 5000AC- 300AC





Sumérios

A mais antiga civilização estabeleceu-se entre os rios Tigre e Eufrates, no Médio Oriente. 

A sua grande riqueza natural permitiu o desenvolvimento das actividades agrícolas, das trocas comerciais e da criação de núcleos urbanos atraindo, por isso, sucessivas invasões de povos vindo do Cáucaso e da Ásia Menor.

A civilização Mesopotâmica ocorreu em três grandes blocos de povos invasores que progressivamente criaram uma sociedade mais elaborada; Sumérios, Akadianos e Balilónios e finalmente  os Persas .

Inventaram a escrita, criaram um código de leis, desenvolveram a astronomia, a matemática e a arquitectura.

Politeístas tinham no Rei o representante dos deuses e criaram regras que impuseram  divisões de estatuto na sociedade  que  se reflectiram, também, nas formas de vestir ; quanto mais elevado o estatuto mais elaborado o traje.


Akadianos e Babilónios
 Surgiram os tecidos ricamente bordados a ouro,a lápis lazúli, ágata e coralina. 
Persas

A descoberta do  ouro possibilitou a criação de  jóias cada vez mais aprimoradas e conceberam a coroa como símbolo de poder.  
As bardas, que se supõe serem postiças ,eram igualmente símbolo de riqueza e poder.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Idade dos Metais – 2100 AC a 50AC


As pequenas comunidades cresceram e tornaram-se mais sofisticadas.
Para além da agricultura e pastorícia desenvolveram outras actividades que lhes fornecia subsistência, surgiram os artesãos e nasceram as trocas comerciais.
Construíram barcos maiores que os levaram a outras terras e comunidades aumentado assim a troca de conhecimentos e  de técnicas.  
Descobriram materiais mais fáceis de moldar do que a pedra e o osso; os metais e criaram novas armas, utensílios e jóias.
Com a lã e o linho faziam fios, inventaram o tear e começaram a fabricar tecidos que  tingiam de diversas cores e enriqueciam com bordados.
Vestiam-se com túnicas , calças e saias e ornamentavam seu aspecto com jóias e adereços que se julga estarem ligados aos seus rituais mágicos: colares, braceletes cintos e chapéus

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Neolítico – 3000-1000AC


Aos poucos foi acontecendo um aquecimento natural da terra e tornou-se possível viver fora das cavernas.
Os homens começaram a construir pequenos abrigos e fixaram-se num lugar; perceberam que se deitassem uma semente à terra crescia uma planta, constataram que existiam animais mais dóceis que podiam utilizar para tornar a sua vida mais fácil, devieram pastores e agricultores.
Aperfeiçoaram os seus utensílios, descobriram novas formas de tratar as peles utilizando-as sem os pelos e tingindo-as de várias cores usando plantas e algas marinhas.
As suas artes tornaram-se mais elaboradas, inventaram a cerâmica, a roda e os pequenos barcos que os transportavam, sobretudo ao  longo dos rios.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

No tempo das cavernas

Algures entre  600.000AC e 3000 AC

A vida era então muito diferente da vida de hoje.

Assim que nascia o sol os homens saíam da caverna onde se abrigavam para passar a noite.

Caçavam, recolhiam frutos, plantas e sementes para comer. 

Saciada a fome, podiam se dedicar a outras coisas; fabricavam armas para caçar e utensílios em pedra e osso. Entrelaçavam plantas para fazer recipientes com diversos fins e com as peles dos animais faziam as roupas com que se protegiam do frio nos invernos glaciares.

A princípio limitavam-se a amarrar as peles, mais tarde inventaram a agulha e começaram a coser as suas roupas. Usavam as fibras vegetais e os tendões dos grandes animais como linha e a forma utilizada partia da forma do corpo do animal.

Gravavam formas geométricas nos utensílios, esculpiam pequenas figuras humanas e desenhavam animais e homens nas paredes das cavernas provavelmente como parte de rituais mágicos.