O culto do
exagero na racionalidade do século das Luzes.
No decorrer
do século XVIII propagou-se na Europa e nos países do novo mundo um movimento intelectual
que revelava uma nova forma de conceber o ser humano, atribuindo grande valor
às faculdades intelectuais e conferindo à razão a capacidade de resolver
definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem. O iluminismo
conduziu o denominado século das luzes para além dos dogmas e foi a base
ideológica de duas das revoluções mais importantes da história da humanidade: a
Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
Em
simultâneo com a racionalidade e o progresso científico coexistiram os
elementos que caracterizaram o Rococó e que se revelaram nos costumes e
atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos
prazeres sensuais manifestando-se através de uma enorme falta de moderação.
A evolução
tecnológica permite períodos de moda cada vez mais curtos e a aristocracia
começa a perder influência perante uma burguesia com cada vez maior poder
económico.
O traje
masculino, ainda muito rico em cores e materiais, simplificou as formas e impôs
o uso da sobrecasaca e do colete. As grandes perucas do barroco foram
substituídas por perucas mais pequenas e com menos volume.
O traje
feminino, pelo contrário, atinge uma elaboração e inconstância nuca antes
observados: os apertados corpetes afinam o tronco enquanto as crinolinas
avolumam as saias. Os penteados atingem alturas descomunais e são trabalhados com
plumas, fitas , flores e ,
inclusivamente, figuras de animais.
As sedas com
motivos florais e pesados brocados em cores claras foram os tecidos mais
usados.
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