segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ecletismo – ( 2ª metade do século XIX)

É o período do arranque industrial, do progresso técnico e científico. Em todas as suas fases a produção de vestuário conhece significativos avanços, apoiando-se cada vez mais em máquinas que simplificam e massificam os processos. Pelas mãos de Worth em Paris nasce a alta costura e o papel do criador de moda como ditador das suas formas. Sustentadas pela rápida expansão económica, as flutuações da moda impõem-se em ritmo anual , multiplicam-se as casas de alta costura e nasce a profissão de manequim. O gosto estético tenta fundir todos os estilos do passado, na moda desaparecem as crinolinas e surge a “ tournure” que avoluma a silhueta feminina na parte posterior do corpo e que, alternando em maior ou menor volume, vai se manter quase até final do século. Novos estilos de vida e uma maior mobilidade vão requerer trajes mais cómodos , em Inglaterra surge o tailleur feminino que rapidamente se vai impor nas restantes sociedades ocidentais. Enquanto a moda feminina se renova em constantes inconstâncias a moda masculina estabiliza nas formas anteriores adoptando uma aparência cada vez mais sóbria e funcional. É também no final do século que começam a ganhar algum espaço os trajes adaptados às actividades físicas ao ar livre como andar de bicicleta ou fazer praia.


sábado, 12 de outubro de 2013

Primeira metade do século XIX

O progresso da industrialização e do comercio e a disseminação de linhas de caminhos de ferro que permitiram maior rapidez no transporte de mercadorias transformaram as sociedades europeias e a forma como consumiam o produto moda.

Pelas grandes cidades da Europa multiplicaram-se os grandes armazéns de vendas que promoveram  uma maior uniformização da moda  essencialmente ditada por dois grandes polos de influencia; França na moda feminina e Inglaterra na moda masculina.

As artes inspiraram-se nas formas do gótico e da renascença e o romantismo, intimamente ligado aos ideais liberais , exaltava os valores sentimentais.  A individualidade era extremamente valorizada criando na moda uma linguagem cada vez mais pessoal.

Para o homem tornaram-se de uso obrigatório as calças compridas e justas, a cartola, luvas e bengala. Os cabelos encaracolados e barba e bigode completavam  o visual masculino.

Enquanto o homem  adoptou um vestuário cada vez mais pragmático a mulher regressou aos volumes  das saias e  de mangas inspirando-se nas linhas da renascença . Afinava a silhueta recorrendo a rígidos  corpetes e completava a sua imagem com o uso de xailes de cachemira.

 As ideias pedagógicas fruto da revolução francesa  e o pragmatismo inglês  impõem  uma  nova moda infantil   que se distancia da moda adulta e privilegia a liberdade de movimentos .

sábado, 31 de agosto de 2013

Do final do Século XVIII ao Inicio do Século XIX


Do final do Século XVIII ao Inicio do Século XIX

Da revolução ao estilo império

Evoluindo em três fases distintas; Monárquica, Republicana e Imperial,  a Revolução Francesa abalou a sociedade por toda a Europa alterando também as suas relações com o resto do mundo. A imposição de novos valores e ideais- Liberdade, Igualdade, Fraternidade- produziu alterações politicas e económicas modificando as relações entre sexos e classes  que influenciaram de forma vincada o evoluir da moda  .

Por outro lado o pragmatismo da aristocracia Inglesa, fruto do seu gosto pelas actividades ao ar livre e das viagens às suas diversas colónias impôs, durante este período, novas regras e formas nos trajes.  

Serão estes dois países, mesmo quando em guerra entre si, que irão determinar as modas neste período, influenciando-se mutuamente e difundindo-se nos restantes países de cultura ocidental.

Enquanto o traje masculino vai se tornando cada vez mais sóbrio a moda feminina experimenta algumas fantasias audaciosas em que o ostentação sobrepõe-se ao bom gosto procurando inspiração na antiguidade Greco-Romana. O vestuário feminino apresenta  uma linha solta de vestido túnica, com pequenas mangas de balão e cintura marcada sob o peito.
Os finos tecidos, musselines e tafetás  contrastam com brocados e veludos.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Rococó – 1730- 1789


 

O culto do exagero na racionalidade do século das Luzes.

No decorrer do século XVIII propagou-se na Europa e nos países do novo mundo um movimento intelectual que revelava uma nova forma de conceber o ser humano, atribuindo grande valor às faculdades intelectuais e conferindo à razão a capacidade de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem. O iluminismo conduziu o denominado século das luzes para além dos dogmas e foi a base ideológica de duas das revoluções mais importantes da história da humanidade: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.

Em simultâneo com a racionalidade e o progresso científico coexistiram os elementos que caracterizaram o Rococó e que se revelaram nos costumes e atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais manifestando-se através de uma enorme falta de moderação.

A evolução tecnológica permite períodos de moda cada vez mais curtos e a aristocracia começa a perder influência perante uma burguesia com cada vez maior poder económico.

O traje masculino, ainda muito rico em cores e materiais, simplificou as formas e impôs o uso da sobrecasaca e do colete. As grandes perucas do barroco foram substituídas por perucas mais pequenas e com menos volume.

O traje feminino, pelo contrário, atinge uma elaboração e inconstância nuca antes observados: os apertados corpetes afinam o tronco enquanto as crinolinas avolumam as saias. Os penteados atingem alturas descomunais e são trabalhados com plumas, fitas , flores  e , inclusivamente, figuras de animais.

As sedas com motivos florais e pesados brocados em cores claras foram os tecidos mais usados.

sábado, 13 de julho de 2013

Século XVII- As influências do Barroco




Entre o final do século XVI e os primeiros anos do século XVIII a Europa viveu num ambiente de guerras e divisões politicas e religiosas que alteraram de forma significativa os polos de influência, quer nas artes, quer na moda.

Serão a França e a Holanda, a vivenciar períodos de grande prosperidade e refinamento, a dominar o gosto europeu.

No decorrer do século XVII a moda adquire novos ritmos e vai impor alterações cada vez mais frequentemente, intercalando períodos de alguma sobriedade com períodos de ostentação e estravagância. A moda masculina apresenta um desenvolvimento mais significativo que a moda feminina e, particularmente, na primeira metade do reinado de Luís XIV caracteriza-se pela magnificência e excesso de elementos decorativos.

No final do reinado a moda  rende-se a uma linha mais comedida adoptando as peças que irão desembocar no traje masculino moderno. A moda feminina manteve basicamente as mesmas peças mas surgiram os  primeiros vestidos soltos, denominados de  Inocentes, que visavam sobretudo esconder a gravidez.

Os tecidos eram pesados e de cores fortes, generalizou-se o uso de perucas e sapatos de salto alto. Surgem as primeiras gravatas, em renda, e na maquilhagem impõe-se o uso de sinais postiços.

Os profissionais especializavam-se em moda feminina ou masculina e surgiram as primeiras publicações de artigos e gravuras de moda.

sábado, 15 de junho de 2013

Renascimento Séculos XV e XVI


 

A partir do final do século XIV, essencialmente na Europa Ocidental, ocorreram importantes movimentações sociais, políticas e artísticas que alteraram de modo significativo a forma de estar e de se apresentar na vida.

Enquanto Portugal e Espanha se dedicavam a navegar e a descobrir novos mundos nos restantes países da Europa cresciam as grandes cidades que hoje se conhecem sustentadas no grande desenvolvimento comercial. Refinaram-se os métodos de produção nas indústrias artesanais e assistiu-se por toda a Europa a uma explosão de luxo dentro da aristocracia e burguesia, graças também ao afluxo de ouro vindo das Américas.

A invenção da tipografia proporcionou um grande desenvolvimento nas artes literárias e nas artes figurativas impôs-se o orgulho pela beleza física.

A moda renascentista foi influenciada por Itália,  pela Alemanha  reformista e finalmente por Espanha, sendo espanhol o seu traço mais distintivo.

As matérias primas eram luxuosas; brocados, veludos e cetins ricamente bordados e ornados com finas rendas. Criam-se pormenores com o fito de apresentar ou salientar uma determinada silhueta  como  a braguilha em forma de concha ou a verdugada ( saia com aro para manter o circulo aberto) .

domingo, 5 de maio de 2013

Gótico Séculos XIII e XIV


 

O final da Idade Média caracterizou-se pela expansão por toda a Europa de novas formas de vida como consequência do surgimento, dentro do povo, de um novo grupo social, a burguesia. Urbana, mercantil e manufactureira, esta nova classe acumulou riquezas, poder e importância cultural e foi com o seu apoio que nasceram novos focos de cultura e de ensino: as universidades.


Nasce a estética da elevação espiritual que se aplica, sobretudo na  arquitectura e se traduz em grandes catedrais com altas  torres que se dirigiram aos céus.

Germinam novos critérios de beleza e estética que impõem novos valores civis e morais. A mulher readquire importância quer a nível social quer a nível cultural.

O vestuário  inspira-se nas linhas do novo estilo artístico , apresenta ritmos de moda e atribui grande importância ao corte e aos pormenores .

O vestuário masculino adquire características próprias que o diferenciam completamente do vestuário feminino substituindo as túnicas e mantos por gibões, casacas, calças - meias muito justas. Alongam a silhueta usando chapéus, prolongando a ponta dos sapatos e com o comprimento das mangas .

O vestuário feminino adopta vestidos  com cauda e longas mangas ,com corte abaixo do peito e altos e elaborados tocados.

Os tecidos luxuosos eram ainda enriquecidos com peles e a aristocracia  e alta burguesia começam a recorrer a profissionais específicos agrupados nas corporações que entretanto surgiram nas cidades