quarta-feira, 31 de julho de 2013

Rococó – 1730- 1789


 

O culto do exagero na racionalidade do século das Luzes.

No decorrer do século XVIII propagou-se na Europa e nos países do novo mundo um movimento intelectual que revelava uma nova forma de conceber o ser humano, atribuindo grande valor às faculdades intelectuais e conferindo à razão a capacidade de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem. O iluminismo conduziu o denominado século das luzes para além dos dogmas e foi a base ideológica de duas das revoluções mais importantes da história da humanidade: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.

Em simultâneo com a racionalidade e o progresso científico coexistiram os elementos que caracterizaram o Rococó e que se revelaram nos costumes e atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais manifestando-se através de uma enorme falta de moderação.

A evolução tecnológica permite períodos de moda cada vez mais curtos e a aristocracia começa a perder influência perante uma burguesia com cada vez maior poder económico.

O traje masculino, ainda muito rico em cores e materiais, simplificou as formas e impôs o uso da sobrecasaca e do colete. As grandes perucas do barroco foram substituídas por perucas mais pequenas e com menos volume.

O traje feminino, pelo contrário, atinge uma elaboração e inconstância nuca antes observados: os apertados corpetes afinam o tronco enquanto as crinolinas avolumam as saias. Os penteados atingem alturas descomunais e são trabalhados com plumas, fitas , flores  e , inclusivamente, figuras de animais.

As sedas com motivos florais e pesados brocados em cores claras foram os tecidos mais usados.

sábado, 13 de julho de 2013

Século XVII- As influências do Barroco




Entre o final do século XVI e os primeiros anos do século XVIII a Europa viveu num ambiente de guerras e divisões politicas e religiosas que alteraram de forma significativa os polos de influência, quer nas artes, quer na moda.

Serão a França e a Holanda, a vivenciar períodos de grande prosperidade e refinamento, a dominar o gosto europeu.

No decorrer do século XVII a moda adquire novos ritmos e vai impor alterações cada vez mais frequentemente, intercalando períodos de alguma sobriedade com períodos de ostentação e estravagância. A moda masculina apresenta um desenvolvimento mais significativo que a moda feminina e, particularmente, na primeira metade do reinado de Luís XIV caracteriza-se pela magnificência e excesso de elementos decorativos.

No final do reinado a moda  rende-se a uma linha mais comedida adoptando as peças que irão desembocar no traje masculino moderno. A moda feminina manteve basicamente as mesmas peças mas surgiram os  primeiros vestidos soltos, denominados de  Inocentes, que visavam sobretudo esconder a gravidez.

Os tecidos eram pesados e de cores fortes, generalizou-se o uso de perucas e sapatos de salto alto. Surgem as primeiras gravatas, em renda, e na maquilhagem impõe-se o uso de sinais postiços.

Os profissionais especializavam-se em moda feminina ou masculina e surgiram as primeiras publicações de artigos e gravuras de moda.